Sabemos que ministrar treinamentos de gestão da qualidade para colaboradores é um grande desafio! São diversos os fatores que tornam essa tarefa árdua, desde a alocação de tempo, até mesmo conseguir recursos e, é claro, selecionar os treinamentos certos.

Além disso, a gestão da qualidade tem uma gama muita ampla de assuntos e temas e todos parecem importantes e urgentes, mas não dá para treinar tudo ao mesmo tempo.

Por isso, no artigo de hoje, vamos falar um pouco sobre esse assunto e dar algumas dicas sobre como selecionar os melhores treinamentos para o ano de 2024. Fazer uma listagem e um plano de capacitação adequados no começo do ano pode garantir um melhor cronograma e também o próprio correto andamento dos treinamentos e cursos.

Mas, antes de falar dos cursos em si, vamos refletir um pouco melhor sobre essa questão da gestão de treinamentos.

Processo gestão de treinamentos

Se pensarmos, inclusive, na ISO 9001:2015, temos um item especifico que determina que precisamos assegurar a competência das pessoas. E isso significa treinar, capacitar e acompanhar nossos colaboradores!

Assim, pode ser interessante ter um processo mais completo e robusto que faça a gestão dos treinamentos e competências das pessoas. Talvez, até mesmo, esse processo já exista na sua empresa e ele esteja a cargo do RH, por exemplo.

É claro que existem diversos contextos e que o quão elaborado esse processo precisará ser depende muito de como sua empresa funciona, do porte dela e de diversos outros fatores. Além disso, como profissionais da qualidade, precisamos participar dessa tomada de decisão, direcionando as capacitações para as necessidades da empresa e da qualidade.

O básico dos treinamentos de gestão da qualidade para colaboradores

Quando pensamos em gestão da qualidade, é quase impossível listar tudo que podemos aprender, treinar e ensinar. Mas existem muitos temas que podem ser “universais” e vão ajudar sua empresa e colaboradores. Por exemplo:

• 7 Ferramentas da qualidade;
• Gestão de processos;
• Treinamentos relacionados à ISO 9001;
• Mapeamento de processos;
• Treinamentos focados em processos específicos (tratativa de NCs, por exemplo, vamos falar mais disso adiante);
• Conceitos básicos de gestão da qualidade;
• Entre diversos outros.

Portanto, dentro destes temas e subtemas é possível fazer uma ótima seleção, pinçando o que for mais relevante.

A escolha entre um ou outro tema vai depender do contexto da sua empresa e dos seus processos. Se, por exemplo, sua empresa implementou o sistema de gestão da qualidade (SGQ) recentemente, treinamentos mais básicos e iniciais podem ser muito mais úteis.

Já se sua empresa tiver um SGQ mais maduro, talvez seja interessante pensar em capacitações mais aprofundadas, workshops e temas mais complexos. Então, avalie bem o seu contexto! 😉

Treinamentos específicos sobre os processos e necessidades técnicas

É essencial entender que alguns treinamentos não estão diretamente ligados a conceitos da gestão da qualidade. Muitas vezes, é preciso treinar o colaborador na atividade dele. Existe uma infinidade de treinamentos técnicos sobre a execução dos processos e o trabalho do dia a dia, e precisamos pensar nisso.

Por exemplo, se sua empresa é uma metalúrgica, treinamentos sobre soldagem são essenciais. Por outro lado, os colaboradores que não estão na linha de frente podem ter outras necessidades. O RH, por exemplo, não precisa saber soldar, mas um curso de curso de gestão de conflitos pode ser essencial.

Então, reforçando: avalie bem as necessidades da sua empresa e das pessoas!

Consultar colaboradores é uma ótima forma de engajar as pessoas

Muitas vezes, na hora de definir treinamentos, acabamos fazendo isso de forma unilateral. Porém, uma ótima prática é consultar as pessoas.

Perguntar aos colaboradores quais são suas dificuldades, dúvidas e problemas não só vai nos ajudar a entender melhor o que treinar como também vai valorizar a competência e autonomia das pessoas.

Esse fator pode ser essencial no engajamento delas nos treinamentos e até mesmo na gestão da qualidade na totalidade. Assim, vale a pena, antes de mais nada, conversar com os colaboradores e ouvir suas dores.

Lembre-se: é vital avaliar a eficácia dos treinamentos de gestão da qualidade!

Muitas empresas encerram a capacitação com a execução dos cursos, palestras ou treinamentos. Entretanto, é preciso entender como isso está ajudando a empresa, ou seja, é preciso avaliar a eficácia.

Ao planejar os treinamentos, planeje também formas de entender se eles estão ou não sendo eficazes. Indicadores, análises críticas, análises de resultados, redução das não conformidades, tudo pode ser usado para entender como a capacitação está alterando o desempenho da empresa.

A partir destas análises, será possível tomar ações para torná-las mais assertivas, decidir pela necessidade de retreinamento ou até mesmo por novas abordagens. Assim, treinar sem avaliar a eficácia pode ser um tiro no pé e um desperdício de recursos. E por falar em recursos!

Dica útil: aproveite recursos internos para maximizar resultados

É muito comum pensarmos que apenas treinamentos externos capacitam pessoas, porém há contextos e contextos e usar os conhecimentos internos da empresa e dos colaboradores pode ser excelente!

Além de reduzir os custos de treinamento, isso valoriza as pessoas e aproveita todo o aprendizado que a empresa já possui. Alternar entre treinamentos contratados de provedores externos e elaborados pelos próprios colaboradores vai trazer mais destaque à qualidade e criar um ambiente mais favorável à capacitação e melhoria.

Para isso, avaliar o contexto corretamente vai te mostrar quando a capacitação pode ser executada internamente ou não. Em alguns contextos, inclusive, será obrigatório usar apenas recursos internos, seja por motivos de segurança da informação, indisponibilidade de conhecimento externo ou até mesmo de recursos.

Treinamentos de gestão da qualidade são sinônimo e alcance de resultados

Não importa qual é o seu contexto, treinar as pessoas vai garantir mais resultados e é a única forma de buscar os objetivos estratégicos da empresa. O treinamento e a capacitação têm um impacto significativo nos resultados empresariais em diversos aspectos, que vão desde a redução dos erros e falhas, até o aumento da produtividade e do próprio faturamento.

Então, mesmo que você não tenha tanto direcionamento ou recursos, garanta que as pessoas serão capacitadas. Algumas empresas têm receio de investir em treinamentos e seus colaboradores serem pegos pela rotatividade, entretanto um bom processo de capacitação, inclusive, ajuda a reter talentos. 

Por fim, caso você ainda não tenha se convencido, vale refletir sobre a famosa frase de Henry Ford, um dos maiores expoentes mundiais da indústria automobilística. Nas palavras do próprio magnata:

“⁠Pior do que treinar um funcionário e ver ele sair, é não treinar o funcionário e ver ele ficar” (Henry Ford)

Resumindo tudo, investir em treinamento e capacitação não só beneficia os colaboradores individualmente, mas também tem um impacto direto nos resultados da organização. Capacitar promove uma força de trabalho mais habilidosa, motivada e capaz de enfrentar os desafios do mercado de forma mais eficaz. Ou seja: treinamento é vital!

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